terça-feira, 12 de março de 2013

Conflito entre aliados cria risco para Dilma nos Estados


Os dois maiores partidos da coalizão que sustenta o governo da presidente Dilma Rousseff estão em conflito na montagem dos palanques da disputa pelos governos estaduais nas eleições de 2014. A um ano e meio da disputa, PT e PMDB prevêem que estarão em campos opostos em 16 Estados. As duas siglas governistas devem lançar candidatos próprios a governador em nove desses Estados. A rivalidade poderá criar dificuldades para a campanha de Dilma à reeleição, prejudicando a mobilização das máquinas dos dois partidos a seu favor nesses lugares. Do ponto de vista do governo, a situação atual é mais preocupante do que a observada em 2010, quando Dilma foi eleita. Naquele ano, PT e PMDB estiveram em campos adversários em 13 Estados. O PMDB é o principal aliado de Dilma. Além de ser a legenda do vice-presidente Michel Temer, é a sigla que comanda a Câmara e o Senado. Em uma convenção realizada no início do mês, o partido aprovou uma resolução contra a participação de seus integrantes nos palanques de candidatos adversários. A tensão com o PT é grande no Rio de Janeiro. O senador Lindbergh Farias (PT) anunciou que concorrerá ao governo estadual, mas o PMDB quer o apoio do PT para lançar o atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão. Na Bahia, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) quer disputar o governo estadual, mas o governador Jaques Wagner (PT) prefere alguém do PT para a sua sucessão.

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