sexta-feira, 15 de março de 2013

CSN aguarda definição da Thyssen para compra da CSA


A Companhia Siderúrgica Nacional continua no páreo para a compra das siderúrgicas da alemã ThyssenKrupp no Brasil e Estados Unidos. A CSN só está aguardando uma resposta da Thyssen, que deve se posicionar até o dia 30 de março sobre o assunto. "Agora está nas mãos da Thyssen o processo", afirmou nesta sexta-feira uma fonte, sem dar detalhes sobre a proposta da CSN. A CSN fez no começo deste ano uma proposta de 3,8 bilhões de dólares para ficar com a Steel Americas, unidade da Thyssen integrada pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, e por uma laminadora nos Estados Unidos, afirmou na época uma fonte com conhecimento do assunto. O BNDES poderá ter participação indireta no negócio, caso a proposta da CSN seja vencedora no processo. Porém, ainda não foi fechado acordo entre a siderúrgica de Benjamin Steinbruch e o banco de fomento, disse a fonte nesta sexta-feira. A CSN e BNDES discutem a possibilidade de um apoio do banco de fomento a uma operação que busca a aquisição das duas usinas. A Thyssen recebeu apenas duas ofertas firmes de compra pelos seus ativos de aço nas Américas até o momento. A Ternium, do grupo Techint, fez uma oferta pela CSA, enquanto o consórcio ArcelorMittal/NipponSteel & Sumitomo fez uma oferta pela laminadora do Alabama, nos Estados Unidos. A Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, é sócia da Thyssen na CSA, com 27% de participação no empreendimento. A venda das usinas da Thyssen deve ser concluída até o final de setembro, como o esperado, segundo a Thyssen. A siderúrgica da Thyssen no Rio de Janeiro enfrenta processo criminal resultante de duas ações penais ajuizadas pelo Ministério Público por emissões de resíduos poluentes a partir da produção do primeiro alto-forno, em agosto de 2010, e também por poluição causada após a operação do segundo alto-forno, em dezembro do mesmo ano. O promotor Leonardo Kataoka disse que o comprador da CSA poderá ter de enfrentar problemas na Justiça pelos processos em andamento. A ThyssenKrupp fez forte baixa contábil no valor de sua unidade Steel Americas para 3,9 bilhões de euros (5,22 bilhões de dólares) em dezembro. A companhia queria explorar novos mercados com duas usinas no Brasil e nos Estados Unidos, mas elas foram prejudicadas por excesso de custos, fraca gestão de projetos e demanda menor do que o esperado.

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