quarta-feira, 27 de março de 2013

Delegado barbudinho Marcelo Arigony explica motivos da responsabilização do prefeito Cezar Schirmer


Depois de entregar o maior inquérito policial gaúcho à Justiça na última sexta-feira, a Polícia Civil recebeu duras críticas, principalmente, pelo apontamento do prefeito Cezar Schimer por indícios de homicídio culposo e improbidade, enquanto outros órgãos como governo do Estado e os altos comandos da Brigada Militar e dos bombeiros não foram citados. A investigação responsabilizou 28 pessoas pela sucessão de erros que resultaram na morte de 241 pessoas no incêndio da boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro. Na segunda-feira, o delegado civil barbudinho Marcelo Arigony explicou os motivos da responsabilização de Schirmer e também da não inclusão de Tarso Genro: "É preciso estabelecer uma relação entre uma conduta que dê causa a um resultado. Nesse sentido, conseguimos chegar até o prefeito e o comandante-regional dos bombeiros. O prefeito porque em setembro de 2011, dentro do inquérito civil, o Ministério Público, enviou um ofício ao prefeito, perguntando se a boate tinha licença de operação. A prefeitura respondeu que a licença estava vencida há seis meses. A partir disso, o que o prefeito disse que não sabia sobre os problemas dos alvarás cai por terra. São duas considerações: uma que o prefeito sabia, o que evidencia negligência, outra mais grave, quando a prefeitura informa que tem licença vencida há seis meses e só informa, não toma providência nenhuma, o que demostra omissão. Além disso, oficiamos a prefeitura para entregar os documentos relativos à boate e não nos entregaram o mais importante, que era o que continha os apontamentos de 29 irregularidades na boate". Quanto à não inclusão do alto escalão dos bombeiros e do governador petista, peremptório Tarso Genro, o delegado barbudinho disse: ""Quanto ao Comando Regional dos Bombeiros, também ficou evidenciado que houve conduta omissiva na emissão dos alvarás e e relação aos recursos que poderiam ter sido utilizados para aquisição de equipamentos de segurança e não foram. Procuramos de maneiras isenta, mas não há relação causa e efeito do Comando Geral dos Bombeiros, Comando Geral da Brigada Militar e governador com o fato".

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