domingo, 3 de março de 2013

Eduardo Campos traça estratégias para minimizar ataques petistas


Em reuniões sucessivas nos últimos dias em Recife, com integrantes da Executiva Nacional, líderes e governadores do PSB, Eduardo Campos (PE) traça seus próximos passos diante da investida do PT e do ex-presidente Lula contra sua provável candidatura a presidente da República. Além da artilharia petista e do fogo amigo dos irmãos Ciro e Cid Gomes, do PSB do Ceará, há no grupo de Campos insatisfação também com a presidente Dilma Rousseff, que, sem conversar com os governadores, tirou dos governos estaduais a gestão dos portos, vitaminando, por outro lado, a Secretaria de Portos — comandada por Leônidas Cristino, homem dos Ferreira Gomes e provável candidato a governador do Ceará. Campos, governador de Pernambuco, perde a gestão do Porto de Suape, obra que é a menina dos olhos de sua gestão no Estado. Apesar da contrariedade, os deputados Beto Albuquerque (PSB-RS) e Márcio França (PSB-SP) voltaram de Recife com a orientação de que não é para o partido atrapalhar a votação da MP, para não parecer retaliação aos irmãos Cid e Ciro. Na quinta-feira, Campos se reuniu com alguns governadores e, embora não esteja verbalizando essa irritação, seus interlocutores sim. “Isso é inaceitável! Suape é um porto exemplar! Ela não pode arrancar esse poder dos Estados. Tem que haver uma posição conjunta”, protestou o líder Beto Albuquerque, voltando-se para a ação política do PT: “Apesar da pressão de uns e outros, continuamos nossa caminhada transparente e pública. Não estamos fazendo nada escondido. Estamos no governo porque ajudamos a elegê-lo. Não estamos no governo de favor”.

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