sábado, 16 de março de 2013

Força Aérea americana decide manter contrato com Embraer


Apesar dos protestos da Beechcraft, a Força Aérea americana decidiu na sexta-feira autorizar a retomada dos trabalhos da Embraer e de sua parceira Sierra Nevada para a produção de aviões Super Tucano para a Força Aérea dos Estados Unidos. Na semana passada, a concorrente Beechcraft havia contestado o resultado da licitação junto ao Escritório de Prestação de Contas do Governo dos Estados Unidos, o que levou o Pentágono a suspender temporariamente o contrato. Na sexta-feira, entretanto, o Departamento de Defesa decidiu manter o contrato para o fornecimento de 20 aviões A-29 Super Tucano por um valor total de US$ 427 milhões. Segundo a Bloomberg, em carta encaminhada ao GAO, o major-general Wendy Masiello citou a necessidade de avançar com o projeto, depois de muitos adiamentos, de forma a conseguir fornecer capacidade de apoio aéreo para a Força Aérea no Afeganistão. Na carta, o major afirma, segundo a Bloomberg, que "circunstâncias incomuns" e que afetam significativamente os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos e seus parceiros de coligação "não permitem esperar por uma decisão do GAO". Em comunicado divulgado na sexta-feira, a Beechcraft considerou a decisão do Departamento de Defesa "equivocada". "Quando se trata de produzir aeronaves que vão ajudar os americanos a voltar do Afeganistão para casa, a Força Aérea dos Estados Unidos concluiu hoje que o 'melhor interesse' agora recai sobre os ombros do Brasil", afirmou a empresa, acrescentando, porém, que a decisão vai "levar à perda de empregos americanos e custos substancialmente mais elevados para os contribuintes americanos". A Embraer informou que a sua parceria Sierra Nevada é quem deve ser informada oficialmente da decisão da Força Aérea dos Estados Unidos. A fabricante brasileira informou na quinta-feira que prevê começar a montagem dos 20 aviões nos Estados Unidos no início de 2014, na unidade industrial de Jacksonville.

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