segunda-feira, 25 de março de 2013

Gestão desastrosa do PT arrasa Petrobras, acionista perdeu 21% do seu capital apenas em 2012


O mau desempenho recente das ações da Petrobras tem preocupado investidores. Cálculos feitos mostram que quem aplicou R$ 10 mil há 12 meses no papel mais negociado da estatal (o preferencial, sem direito a voto) tinha, em 19 de março deste ano, R$ 7.912,18, já considerando os proventos (dividendos, juros sobre capital próprio e rendimentos). Quem investiu o valor na ação ordinária (menos negociada, com direito a voto) perdeu mais dinheiro: o saldo diminuiu para R$ 7.021,70. As ações caíram no período pressionadas pela desconfiança dos investidores em relação à ingerência do governo na empresa, que impediu, por exemplo, reajustes mais elevados da gasolina por causa da inflação. Além disso, a companhia reduziu os dividendos (fatia do lucro distribuída aos acionistas) no ano passado. Na avaliação de especialistas, para quem tem papéis da companhia ou pensa em comprá-los com uma visão de retorno no curto prazo, a perspectiva não é boa. "O fator político é preponderante e, se isso continuar no lugar de maximização de valor, o resultado não tem por que ser diferente", diz Rafael Paschoarelli, professor da USP e um dos responsáveis pelo levantamento. Clodoir Vieira, economista-chefe da corretora Souza Barros, recomenda a migração para outros ativos: "Por exemplo, ações de setores relacionados ao consumo interno, como o de bebidas e o financeiro. A não ser que o investidor já tenha tido um prejuízo grande com Petrobras e possa manter aplicação por um prazo longo na expectativa de recuperar valor". Como exemplo da ingerência do governo petista na empresa, os especialistas também destacam os casos da refinaria Abreu e Lima (PE), que teve o orçamento aumentado. "Se o investidor pode suportar esses fatores externos e quer ter uma empresa do setor de petróleo na sua carteira, os papéis da companhia estão baratos", afirma Galdi.

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