terça-feira, 19 de março de 2013

Graça Foster se diz satisfeita com reajuste do diesel e afirma que é cedo para falar de novo aumento


A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse nesta terça-feira que está satisfeita com o aumento do óleo diesel concedido no início do mês e traçou um cenário positivo à queda no preço do barril de petróleo leve tipo brent no mercado internacional: “Eu estou satisfeita com o aumento que nós, Petrobras, concedemos ao diesel de 5%. O aumento se deu no dia 6 de março, hoje estamos em 19 de março e não faz sentido, dentro da política da Petrobras, que é de médio e longo prazos, começarmos a conversar sobre aumentos de preços. Então, os quatro reajustes que nós tivemos, em nove meses, são muito importantes para garantir a sustentabilidade do nosso plano". Graça Foster avaliou que a questão cambial não deverá impactar negativamente no preço dos combustíveis nos próximos meses e considerou que o valor do barril do petróleo leve tipo brent deverá cair dos atuais US$ 110,00 para até US$ 85,00: “Nós acreditamos, no curto prazo, em um brent de US$ 110,00 por barril, caminhando para US$ 100,00 e, mais ao final do período, chegando a US$ 85,00 por barril. Nós temos uma previsão sobre câmbio. Entendemos que, com todos os acontecimentos que estão por vir no Brasil, que tem estabilidade, é um mercado crescente de consumo, o que interessa aos investidores internacionais, virão mais dólares para o País". A presidente da Petrobras considerou que esses fatores poderão favorecer à companhia: “Tudo isso significa que nós poderemos ter apreciação do real, o que vai ser favorável para a Petrobras. É uma avaliação matemática: 75% da nossa dívida é contratada em dólar. Se ficamos em US$ 85,00 por barril, acaba que batemos em cima da paridade dos preços internacionais e o sinal para nós se modifica". A exposição de Graça Foster a coloca como uma grande especuladora do mercado financeiro, uma gerente de carteira de derivativos, o que é um delírio. Ela está fazendo aposta contra o dólar para o sucesso de sua gestão. Graça Foster encerrou dizendo que a meta final é buscar a convergência de preços praticados no mercado interno com os do mercado internacional: “Não posso dizer que precisamos de mais um ou dois ou três ou nenhum reajuste para pôr este plano de negócios e gestão sustentável. O que tem sido demonstrado é que nós temos buscado a convergência dos preços internacionais". O Plano de Negócios e Gestão para os próximos cinco anos totaliza investimentos de US$ 236,7 bilhões. A maior fatia é direcionada ao segmento de exploração e produção, com US$ 147,5 bilhões, correspondente a 62% do total. Em segundo lugar, aparece o segmento de abastecimento, com US$ 64,8 bilhões, ou 27% do total. Em terceiro, está o setor de gás e energia, com US$ 9,9 bilhões, ou 4% do total.

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