quarta-feira, 27 de março de 2013

Líderes árabes criam fundo de US$ 1 bilhão para Jerusalém


A Liga Árabe aprovou nesta terça-feira uma proposta do Catar para a criação de um fundo de 1 bilhão de dólares para Jerusalém Oriental, área reivindicada pelos palestinos como capital do seu eventual Estado. Os árabes dizem que a construção de assentamentos israelenses em terras capturadas na guerra de 1967, incluindo Jerusalém Oriental, torna inviável uma solução com dois Estados, como defendem os Estados Unidos. O emir do Catar, xeique Hamad bin Khalifa Al-Thani, disse que seu país vai contribuir com 250 milhões de dólares para o fundo, proposto por ele no seu discurso de abertura de uma cúpula árabe em Doha. "A cúpula ... propõe o estabelecimento de um fundo para apoiar Jerusalém no valor de 1 bilhão de dólares a fim de financiar projetos e programas que mantenham o caráter árabe e islâmico da cidade e que reforcem a disposição do seu povo", disse a proposta de resolução. O Banco Islâmico de Desenvolvimento, com sede na Arábia Saudita, irá gerir o fundo, segundo o texto preliminar. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, saudou a criação do fundo e pediu que outros Estados árabes contribuam. O porta-voz da chancelaria israelense, Yigal Palmor, afirmou que a iniciativa é um "distintivo de vergonha" para o Catar. "Objetar à 'judaização de Jerusalém', digamos assim, é absurdo e equiparável a uma objeção à natureza católica do Vaticano ou à  islamização de Meca, é naturalmente impensável", disse Palmor. Citando laços judaicos bíblicos, Israel anexou em 1980 a parte oriental de Jerusalém e arredores. O destino da cidade foi um dos pontos de maior divergência em processos de paz entre palestinos e israelenses no passado.

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