sábado, 30 de março de 2013

Lula continua a ouvir Palocci sobre rumos da economia


Atento aos rumos da economia brasileira, o ex-presidente Lula continua ouvindo as avaliações do ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda, Antonio Palocci. Longe da vida partidária e dos holofotes do Planalto, desde que foi defenestrado do governo Dilma Rousseff, em 2011 (após o escândalo envolvendo sua evolução patrimonial), Palocci faz parte do time de especialistas que discutem com frequência a conjuntura econômica do País com o ex-presidente. Palocci (que ainda circula entre os empresários) esteve com Lula na segunda-feira, participando como ouvinte de um seminário onde o palestrante convidado era o ex-secretário de Política Econômica, Luiz Gonzaga Belluzzo. Diante de uma plateia formada pelo líder do governo e do partido na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e José Guimarães (PT-CE), respectivamente, do líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), do assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio "Top Top" Garcia, e de assessores do Instituto Lula, o economista fez uma avaliação da atual conjuntura à cúpula do PT. O objetivo era ampliar a base de informações dos petistas sobre o assunto, que se tornou ponto central nas discussões do ano pré-eleitoral. Segundo relatos de participantes do encontro, Belluzzo disse que a economia enfrentava dificuldades para crescer, mas que tende a ter uma expansão "razoável" este ano. Denominados "reuniões de conjuntura", seminários como este são organizados pelo Instituto Lula periodicamente e visam discutir temas variados, como política externa, economia e América Latina. São convidados dirigentes partidários, governadores, cientistas políticos, economistas e até membros do governo. "Não é uma reunião secreta, mas também não é pública", disse um assessor próximo de Lula. Segundo o assessor, as reuniões não são divulgadas para não causar "ciumeira" nos aliados preteridos. Assim como Belluzzo, Palocci e outros economistas próximos de Lula, como Delfim Netto, participam "de vez em quando" da "troca de idéias", não necessariamente nesse modelo de encontro. "O Palocci às vezes aparece no Instituto, pois ele é amigo do Lula. O Lula tem sempre conversas como as que fez com o Belluzzo. Já teve com o Delfim Netto, por exemplo", revelou outro assessor. Os assessores próximos de Lula ficam desconfortáveis em falar dos encontros de Lula com Palocci. Mesmo com a economia na mira dos bombardeios da oposição, eles afirmam que o ex-presidente não tem nenhuma preocupação específica com o setor.

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