terça-feira, 19 de março de 2013

MP move ação para suspender licitação do Maracanã


Ao identificar uma série de irregularidades na licitação para a concessão do Maracanã, os ministérios públicos Federal e Estadual do Rio de Janeiro  entraram com ação que pede a suspensão do processo. Os MPs alegam que foram "sonegadas dos potenciais licitantes informações e dados essenciais ao procedimento licitatório". Em nota, os ministérios públicos apontam que não há qualquer justificativa para o valor estimado dos investimentos que a concessionária deve realizar - cerca de 594 milhões de reais - ou do valor mínimo de outorga de concessão, fixado em 4,5 milhões de reais. A empresa vencedora da licitação vai administrar o complexo do Maracanã por 35 anos. Também não foi divulgada uma análise sobre as receitas e despesas operacionais dos equipamentos públicos, nem qualquer previsão do fluxo econômico da atividade comercial que seria desenvolvida no entorno do Maracanã. Ao não apresentar informações detalhadas, o governo do Rio de Janeiro estaria dando margem a "conluio entre potenciais interessados", além de criar desequilíbrio entre os possíveis interessados ao fixar datas e horários para a visitação das obras. É destacado ainda que o BNDES não fez análise prévia da viabilidade econômico-financeira da concessão, o que coloca em risco os 400 milhões de reais de financiamento que o banco de desenvolvimento vai injetar na reforma do estádio. Os MPs cobram a divulgação de todos esses dados em site na internet e que seja remarcada com uma antecedência mínima de 45 dias e que a visita técnica por parte dos interessados seja realizada em prazo não inferior a 30 dias, sendo vedada a determinação de data e horário fixos. Tais recomendações já haviam sido feitas ao governo do Rio de Janeiro em 27 de fevereiro, mas não foram cumpridas.

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