sábado, 9 de março de 2013

Pesquisa mostra que profissionais de segurança pública têm dificuldade em conciliar dupla jornada


As profissionais de segurança pública têm dificuldade de conciliar a dupla jornada de trabalho - no quartel e em casa – em função da falta de rotina nas escalas e os turnos à noite. A constatação é da pesquisa "Mulheres na Segurança", do Ministério da Justiça, divulgada em fevereiro. Segundo a pesquisa, as mulheres policiais e as do Corpo de Bombeiros também sofrem com a falta de condições adequadas de trabalho. “Como uma mulher trabalha 12 horas, menstruada, sem um banheiro? Se não temos um armário para deixar nosso uniforme, como não correr risco de ser identificada com a farda na mochila? Como eu, que tenho 1,60 metro de altura, tenho que decidir entre usar um colete tamanho extra G - que deixa as costas destruídas – ou correr o risco de morrer porque não o estou usando?”, questionou uma das entrevistadas. As denúncias se estendem à Polícia Civil do Rio de Janeiro, comandada pela delegada-chefe Martha Rocha. A corporação, que não forneceu dados sobre o percentual de mulheres em seus quadros, é denunciada por policiais e escrivãs de cortar gratificações salariais quando as funcionárias entram de licença-maternidade. “Isso beira a covardia, justo quando mais precisamos”, disse outra agente. Segundo o levantamento, a discriminação também faz parte da realidade dessas mulheres, seja na Polícia Militar, seja no Corpo de Bombeiros. Piadas ou constrangimentos de colegas ou do público são os sinais mais frequentes do problema.

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