segunda-feira, 4 de março de 2013

Polícia Federal de São Paulo recusa inquérito para apurar ligação do banqueiro Daniel Dantas ao Mensalão do PT


A Polícia Federal em São Paulo recusou o inquérito que apura suspeitas de que o grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, teria ligações com o escândalo do Mensalão do PT. O inquérito fazia parte de uma série de apurações complementares ao processo julgado no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal e diz respeito a suspeitas de que o grupo fez doações ilegais ao PT por meio do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado a mais de 40 anos de prisão pelo Supremo pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e peculato. A respeito das suspeitas em relação ao Opportunity, a Polícia Federal de São Paulo concluiu que o caso deve ser investigado em outra cidade e, assim, remeteu-o à Justiça para que um novo local seja escolhido. A Polícia Federal citou três capitais onde o grupo teria maior atuação e onde as investigações poderiam continuar: Rio de Janeiro, onde ficam a Brasil Telecom, atual OI Celular, e o Banco Opportunity; Belém, sede da Amazônia Celular; e Belo Horizonte, sede da Telemig Celular e domicílio de Marcos Valério e de suas empresas. "No caso ora examinado, trata-se de investigar elementos de prova que confirmem que as empresas Brasil Telecom, Telemig Celular e Amazônia Celular, que pertenciam ao Grupo Opportunity, aderiram ao esquema criminoso montado pelo empresário Marcos Valério", diz o delegado Rodrigo Adriano Sandre, da Corregedoria da Polícia Federal paulista. "O certo é que não existe nenhum elemento nos autos que indique, por ora, que a consumação dos possíveis delitos tenha ocorrido no Estado de São Paulo", argumentou o delegado. Em 2007, o Supremo aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema do Mensalão do PT, denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB). Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Lula.

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