domingo, 10 de março de 2013

Produtores de energia dizem que governo Dilma foi "arbitrário"


Os gestores das empresas geradoras de energia elétrica dizem ter ficado "indignados" com a solução que o governo petista de Dilma Rousseff encontrou para socorrer as distribuidoras e a avaliaram como "arbitrária". É o que informou Luiz Fernando Vianna, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine). "A medida mexe as regras do jogo no meio do jogo", disse ele. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou na sexta-feira que o custo do uso de energia proveniente de termelétricas em momentos emergenciais passará a ser repartido entre todos os agentes do setor. Até agora, ele ficava a cargo das distribuidoras, que repassavam os valores para os consumidores no momento do reajuste anual. Agora, 50% desse custo ficará com o agente que estiver exposto no mercado de curto prazo. A outra metade será rateada entre os demais elos da cadeia: consumidores, produtores e comercializadores. Os geradores de energia ficaram insatisfeitos porque passarão a pagar uma parte dessa conta. "Entendemos que houve uma intervenção sem precedentes no mercado. A questão não foi submetida à consulta pública, não foi discutida com o mercado", reclamou Vianna. Ele explica que, ao contrário das distribuidoras, as geradoras não podem repassar o gasto: "Os distribuidores pagam, mas no mês do reajuste da tarifa eles têm o reembolso. Para os geradores, o que vai ser pago é perdido, não há como recuperar. Realmente não tem justificativa para o governo ter feito isso, a não ser a arbitrariedade. A conta está muito alta de um lado, aí vamos ver com quem vamos dividir. Essa não é a maneira correta de fazer as coisas".

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