quarta-feira, 17 de abril de 2013

Afrouxamento fiscal do governo dificultará controle da inflação


O afrouxamento da política fiscal neste e no próximo ano, de forma a garantir mais recursos para estimular o crescimento da economia, vai dificultar mais o controle da inflação e sobrecarregar a política monetária do Banco Central. Ainda assim, a relação dívida líquida/PIB - importante indicador de solvência - pode continuar na trajetória de queda. O governo federal propôs na segunda-feira, em medida enviada ao Congresso Nacional, que Estados e municípios possam abater de suas metas de superávit primário os gastos com investimentos. Além disso, o governo propôs que, já a partir deste ano, a União fique desobrigada por lei a cobrir a parte do superávit primário que não for cumprida pelos governos regionais. "Mais gastos, não importa o tipo de gasto, pressionam a demanda agregada e a inflação. No caso do governo, de um lado ele desonera para reduzir inflação e, de outro, sinaliza uma redução do superávit primário que aumenta inflação", afirmou uma fonte do governo, que pediu anonimato. "Então, realmente, o governo não está ajudando e dificulta bastante o trabalho do Banco Central", acrescentou a fonte, ressaltando que essa pressão inflacionária será no curto prazo, uma vez que os investimentos ajudam a diminuir custo de produção mais à frente.

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