domingo, 14 de abril de 2013

Após relatos de abuso sexual, Cetran considera fundamental a interdição do departamento de trânsito de Xangri-lá


Ao tomar conhecimento dos supostos casos de abuso sexual de adolescentes que utilizavam o transporte escolar de Xangri-lá, no Litoral Norte, o Conselho Estadual de Trânsito (Cetran) formou uma ofensiva para inspecionar a situação do Departamento de Trânsito do município. A conclusão é um pedido de interdição do órgão, baseado na estrutura e organização precárias que teriam sido encontradas em vistoria realizada na sexta-feira. Conforme o presidente do Cetran, Jaime Lobo Pereira, há veículos usados no transporte que estão sem caracterização ou com vistoria vencida e pelo menos um motorista realiza a função de conduzir os estudantes sem ter curso na área. Na terça-feira, uma reunião do Cetran colocará em votação o pedido de interdição do presidente. Se aprovado, devem ser disponibilizados 15 dias para a prefeitura apresentar defesa. Pereira também alerta para a falta de detalhamento do currículo dos motoristas. Não foram encontradas, por exemplo, certidões de negativa criminal de cada funcionário. O secretário municipal de Obras, Serviços Públicos e Trânsito, Lauro Jardim, explica que o departamento de trânsito tem apenas dois funcionários e afirma que os problemas estruturais foram herdados de gestões anteriores. Segundo ele, os motoristas são funcionários concursados e realmente houve dificuldade de encontrar a documentação detalhada. Jardim não considera necessária a interdição e acha que, se o Cetran conceder um tempo para o órgão se reorganizar, já é suficiente. Uma jovem de 18 anos, que é surda, revelou que ela e um amigo de infância, de 15 anos, estudantes da mesma escola, eram abusados sexualmente na volta da aula há cerca de um ano. O acusado é um motorista de van escolar da prefeitura de Xangri-Lá, concursado há 18 anos, que dirigia um veículo usado no transporte de crianças portadoras de necessidades especiais. 

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