quinta-feira, 18 de abril de 2013

Aumento da Selic não é suficiente para conter a inflação, avalia economista da FGV


A elevação da taxa básica de juros da economia (Selic), em 0,25% aumentando a taxa para 7,5% ao ano, definida nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), não será suficiente para conter a inflação, que já superou o teto da meta e atingiu 6,59% nos 12 meses findos em março, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A avaliação é do economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Ele lembrou que a alta da taxa Selic era esperada pelo mercado e que a tendência de expansão foi reforçada esta semana pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante evento, no Rio de Janeiro. O economista destacou, contudo, que a elevação ficou aquém do esperado pelo mercado, “mostrando que o governo está tendo bastante cuidado com o aumento da Selic, no momento em que a inflação já saiu do topo da meta”. Ele acredita que virão outros aumentos mais adiante. “A dúvida é a dosagem do aumento, se o ritmo vai continuar em 0,25 ponto percentual ou se vai aumentar o ritmo. Mas, 0,25 ponto percentual é muito pouco para segurar a inflação”, disse ele.

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