segunda-feira, 8 de abril de 2013

Cesta básica de Porto Alegre tem a inflação mais disparada do Brasil, de 21,86% em doze meses


Pelo quarto mês seguido, a Cesta Básica de Porto Alegre registra alta de preço (1,19%), passando de R$ 318,16 em fevereiro de 2013 para os atuais R$ 321,95. A taxa verificada em março de 2012 foi de -2,01%. No ano, a Cesta Básica está 9,37% mais cara e em doze meses registra alta de 21,86%. Na avaliação mensal, cinco dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos registraram alta, com destaque para os itens hortifruti: banana (15,61%) e batata (12,18%). Em sentido inverso, oito itens tiveram redução, sendo o maior recuo verificado no óleo de soja (-3,19%). A carne, produto de maior peso no gasto mensal, ficou -0,99% mais barata em março. No ano, a cesta acumula alta de 9,37%. De janeiro a março, oito itens estão mais caros, com destaque para os itens in natura: tomate (60,16%) e batata (46,70%). Em doze meses, a cesta está 21,86% mais cara. Nesse período, onze itens subiram de preço, sendo os maiores aumentos verificados no tomate (197,10%) e na batata (156,73%). Por outro lado, dois produtos estão mais baratos: a banana (-8,49%) e a carne (-0,99%). O valor da cesta básica representou 51,61% do salário mínimo líquido, contra 51,01% em fevereiro de 2013, e 46,17% em março de 2012. O trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo necessitou em março cumprir uma jornada de 104h28min para adquirir os bens alimentícios básicos. Esta jornada é maior do que foi necessário em fevereiro de 2013 (103h14min) e maior do que em março de 2012 (93h27min). A variação da cesta básica no período do Real ficou em 383,05%, enquanto o INPC no mesmo período variou 340,6 % e o Salário Mínimo 946,46%. Em março, os preços dos gêneros alimentícios essenciais continuaram em alta e subiram em 16 das 18 capitais onde o DIEESE realiza, mensalmente, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores elevações foram apuradas em Vitória (6,01%), Manaus (4,55%), e Salvador (4,08%). Retrações ocorreram em duas localidades, Florianópolis (-2,25%) e Natal (-1,42%). No último mês, São Paulo continuou a ser a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 336,26). Depois aparecem Vitória (R$ 332,24), Manaus (R$ 328,49) e Belo Horizonte (R$ 323,97). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 245,94), João Pessoa (R$ 274,64) e Campo Grande (R$ 276,44). No primeiro trimestre de 2013, as 18 capitais apresentaram alta nos preços da cesta básica. As maiores elevações situaram-se em Salvador (23,75%), Aracaju (20,52%) e Natal (16,52%). Os menores aumentos foram verificados em Florianópolis (5,97%), Belém (7,47%) e Curitiba (8,65%). Em doze meses - entre março de 2012 e março último - período em que o DIEESE divulgava a estimativa de preços da cesta básica em 17 capitais, sem os dados de Campo Grande - MS, em todas as regiões houve aumento acima de 10%, com as maiores variações situando-se em: Fortaleza (32,78%), Salvador (32,63%) e João Pessoa (28,01%). As menores variações foram verificadas em Belém (19,09%), Curitiba (19,78%) e Florianópolis (20,29%). Principal ingrediente da inflação, o tomate, no varejo, teve alta em 12 capitais. Os maiores aumentos ocorreram em Vitória (42,00%), Belo Horizonte (17,20%) e São Paulo (15,68%). As menores oscilações foram verificadas em Goiânia (1,67%), Belém (2,72%) e Curitiba (2,86%). Na comparação anual, houve aumento em todas as 17 capitais com informações disponíveis em 13 delas acima de 100%. As variações mais expressivas ocorreram em Vitória (215,56%), Porto Alegre (197,10%) e Rio de Janeiro (194,65%). As menores elevações, embora ainda acima de 50%, foram apuradas em Belém (56,02%), Manaus (61,68%), Salvador (91,55%) e Recife (99,48%).

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