segunda-feira, 15 de abril de 2013

Comissão investiga oferta de Maluf a fundos estrangeiros


A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu processo para investigar uma operação em que a família do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) pode retirar R$ 126,5 milhões da Eucatex e enviar o dinheiro para o exterior. O Ministério Público de São Paulo desconfia que o objetivo da família seja proteger seu patrimônio contra as ações em que Maluf é acusado de ter desviado recursos dos cofres públicos no período em que foi prefeito de São Paulo, de 1993 a 1996. A operação que a CVM vai examinar faz parte do processo de reorganização da Eucatex. No ano passado, a empresa, que é controlada pela família Maluf, decidiu transferir seu patrimônio para uma nova companhia, a ECTX. Pelas regras estabelecidas pela empresa, seis fundos estrangeiros – que, juntos, controlam 37,4% das ações com direito a voto da empresa – terão a chance de sair do negócio, vendendo as ações para a Eucatex. De acordo com as condições oferecidas pela empresa, esses fundos poderão receber R$ 126,5 milhões por suas ações, o equivalente a 17% do valor atual da Eucatex na Bolsa de Valores. O balanço da empresa referente a dezembro apontou um patrimônio total de R$ 1 bilhão. O Ministério Público de São Paulo diz que esses fundos também são controlados pela família Maluf. Um dos objetivos da investigação da CVM é esclarecer esse ponto.

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