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CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu processo para investigar uma
operação em que a família do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) pode retirar
R$ 126,5 milhões da Eucatex e enviar o dinheiro para o exterior. O Ministério
Público de São Paulo desconfia que o objetivo da família seja proteger seu
patrimônio contra as ações em que Maluf é acusado de ter desviado recursos dos
cofres públicos no período em que foi prefeito de São Paulo, de 1993 a 1996. A
operação que a CVM vai examinar faz parte do processo de reorganização da
Eucatex. No ano passado, a empresa, que é controlada pela família Maluf,
decidiu transferir seu patrimônio para uma nova companhia, a ECTX. Pelas regras
estabelecidas pela empresa, seis fundos estrangeiros – que, juntos, controlam
37,4% das ações com direito a voto da empresa – terão a chance de sair do
negócio, vendendo as ações para a Eucatex. De acordo com as condições
oferecidas pela empresa, esses fundos poderão receber R$ 126,5 milhões por suas
ações, o equivalente a 17% do valor atual da Eucatex na Bolsa de Valores. O
balanço da empresa referente a dezembro apontou um patrimônio total de R$ 1
bilhão. O Ministério Público de São Paulo diz que esses fundos também são
controlados pela família Maluf. Um dos objetivos da investigação da CVM é
esclarecer esse ponto.
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