O grupo americano UnitedHealth comprou, nesta terça-feira, 96,8%
das ações em circulação no mercado da sua controlada Amil, por R$ 2,878
bilhões. A oferta de ações foi promovida para fechar o capital da maior empresa
do setor de planos médicos do Brasil. Para que pudesse entrar com o pedido de
cancelamento do registro de capital aberto da Amil, a UnitedHealth,
controladora majoritária da empresa, precisava adquirir pelo menos dois terços
dos papéis da empresa em circulação. Do total de 93.531.109 ações ofertadas, a
UnitedHealth comprou 90.510.045 papéis. O fechamento do capital da Amil já era
esperado após a compra da empresa pela americana UnitedHealth, em outubro do
ano passado. A oferta estava "travada" porque, para fechar o capital,
a Amil precisava resgatar R$ 1,2 bilhão em debêntures emitidas em 2010 e 2011,
o que aconteceu na segunda-feira. No leilão desta terça-feira, a empresa
ofereceu inicialmente o valor de R$ 30,75 por ação, mas acabou pagando R$ 31,80
por papel. Para a oferta de fechamento do capital da Amil, a americana
UnitedHealth usou parte do seu caixa, que era de US$ 3 bilhões. Em outubro do
ano passado, a gigante americana da área de saúde UnitedHealth Group comprou
90% do capital da Amil Participações por US$ 4,9 bilhões (cerca de R$ 10
bilhões). O nome comercial brasileiro, Amil, permaneceu o mesmo. A UnitedHealth
é a maior empresa de benefícios e serviços de saúde dos Estados Unidos. Foram
três anos de negociação. Com a compra, o grupo americano passou a ser
controlador das operações da brasileira, inclusive dos 22 hospitais da
companhia. Edson Bueno, fundador da Amil Participações, ficou, como pessoa
física, com outros oito que não entraram no negócio. A aquisição da Amil foi a
maior operação da United fora dos Estados Unidos. Á época do anúncio do
negócio, Bueno ressaltou que a UnitedHealth tinha interesse em desenvolver
produtos com foco nos consumidores da classe C. "Essa companhia é a mais
inovadora do mundo em relação a tecnologias", afirmou: "Essa empresa
vai atender melhor os nossos clientes e os nossos médicos. Em três anos, a
nossa companhia terá outra cara”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário