terça-feira, 9 de abril de 2013

Início das obras do metrô de Porto Alegre vai atrasar


Terminado o prazo de 60 dias para a análise dos dois projetos oferecidos à prefeitura de Porto Alegre, o grupo técnico que avalia as propostas para construção do metrô pediu mais tempo para escolher a melhor. Com isso, o início das obras, antes anunciado para entre julho e setembro deste ano, ficou em aberto. "Pela complexidade do projeto, não dá para fixar um prazo. Precisa de uma análise mais aprofundada", justifica o secretário municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Urbano Schmitt. A sucessão de prorrogações já tinha começado no período de apresentação das Propostas de Manifestação de Interesse (PMI), inicialmente fixado em 12 de novembro, depois transferido para 10 de janeiro e finalmente concretizado em 7 de fevereiro. Duas foram apresentadas: uma pelas empresas brasileiras Odebrecht e Invepar, outra pela espanhola Bustren. Cabe a uma comissão composta por representantes das secretarias municipais de gestão (SMGes), da Fazenda (SMF), Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Procuradoria-Geral do Município (PGM) escolher a vencedora. A proposta escolhida passará por audiência pública e só então será publicado o edital de licitação para execução da obra. Para que a construção se iniciasse até setembro, tudo isso deveria ocorrer ainda no primeiro semestre, mas Schmitt já admite que o cronograma vai mudar. Um dos pontos centrais da avaliação é a forma de escavação dos túneis. Há duas possibilidades de execução: via sistema "cut and cover" (cortar e cobrir) e via máquina shield, também conhecido como tatuzão. A segunda tem menos impacto na cidade, mas precisa se encaixar na "modelagem financeira" do projeto, segundo o secretário. Com um trajeto de 14,88 quilômetros e 13 estações, o metrô de Porto Alegre está orçado em R$ 2,4 bilhões. A expectativa é que entre em operação em 2017. Pode apostar: não estará pronto nesse ano, e tampouco custará só 2,4 bilhões. Esse é o segredo de obras públicas.

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