quarta-feira, 3 de abril de 2013

José Serra diz que direita e esquerda estão "contra o erário"


O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), não escondeu nesta quarta-feira, em Brasília, a mágoa que vive em relação à sua situação política, inclusive com uma disputa interna no PSDB. Atualmente, Serra tem ficado mais recolhido, com pouco espaço no cenário político e à parte de decisões do partido. Durante palestra que ministrou sobre a Assembleia Constituinte de 1988 em uma faculdade em Brasília, Serra disse que o que vê hoje é uma frente unida contra o erário público. "No Brasil, não tem esquerda e direita na questão do Orçamento. Há uma frente unida contra o erário", afirmou ele, quando falava de sua atuação nas questões sobre o Orçamento durante a Constituinte. "Nos países anglo-saxônicos, há até uma direita preocupada com o erário. No Brasil, são pródigos da mesma maneira", definiu. Serra disse que, na Constituinte, figuras como o atual vice-presidente Michel Temer pertenciam ao Centrão, uma ampla base de apoio ao Governo Sarney, que foi muito criticada à época. Ele também afirmou, em tom irônico, que na Constituinte tudo que se referia ao presidente eleito e morto Tancredo Neves "era sagrado". Depois da palestra, diante de perguntas de jornalistas, o ex-governador declarou que o que tinha afirmado sobre o passado não eram referências ao presente e repetiu diversas vezes que não iria comentar sobre as pré-candidaturas de Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e também da presidente Dilma.

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