O
líder do PMDB na Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (RJ), defendeu na
sexta-feira o projeto que restringe benefícios a novos partidos, como recursos
do fundo partidário e horário gratuito na TV e no rádio. A proposta prejudica
os planos da ex-senadora Marina Silva, que articula a fundação da Rede. Um dos
maiores defensores do projeto é o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab,
que há menos de dois anos fundou o PSD. A criação da nova legenda é de
interesse de possíveis adversários da presidente Dilma Rousseff na disputa
presidencial do ano que vem, como o tucano Aécio Neves e o presidente do PSB e
governador de Pernambuco, Eduardo Campos. "Quem está tentando criar
partido agora e buscar parlamentares à véspera da eleição é que está deturpando
o processo eleitoral", disse Cunha. "Quando o PSD foi constituído
pelo Kassab, não foi para ter tempo de televisão nem fundo partidário. Foi uma
alternativa à janela (brecha para mudança de legenda antes das eleições) que
não existia. Quem se filiou foi porque estava insatisfeito com seu partido, não
foi por objetivo eleitoral, nem financeiro de ter fundo partidário, nem de
montar estrutura para tempo de televisão. Quem concedeu tempo de TV e fundo
partidário foi o Poder Judiciário", lembrou o deputado.
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