terça-feira, 9 de abril de 2013

Medidas apresentadas há um ano ainda não venceram superlotação de emergências hospitalares em Porto Alegre


As medidas apresentadas há quase um ano pelas secretarias da Saúde do Estado e da prefeitura de Porto Alegre para desafogar os hospitais estão em fase de implantação, mas ainda não foram capazes de trazer alívio à sobrecarregada rede de atendimento hospitalar da capital gaúcha. Um levantamento realizado por Zero Hora em quatro das principais emergências hospitalares demonstra que elas operavam, em média, com praticamente o dobro da capacidade na tarde de segunda-feira. Nos hospitais de Clínicas, Santa Casa, São Lucas e Conceição havia 270 pacientes internados em locais com condições adequadas para receber 138 pessoas, ou 95,6% acima da quantidade de leitos disponível. A pior situação foi verificada no Clínicas, onde havia 139 doentes ocupando um espaço onde deveria haver apenas 49 usuários do SUS. Em nenhum dos estabelecimentos existiam vagas sobrando ou em número igual à necessidade. Essa situação é constante. Há quase um ano, em maio passado, em meio a mais uma crise nos setores de urgência, os gestores do SUS em Porto Alegre e no Estado elencaram medidas destinadas a desinflar a ocupação nos estabelecimentos da Capital. Entre elas, implantação de mais unidades de atendimento, hospitais regionais e criação de novos leitos para o SUS. Há dois anos Videversus insiste que o problema de atendimento médico hospitalar de emergência, em Porto Alegre e região metropolitana, só se resolverá com a instalação imediata de dois hospitais de campanha, com no mínimo 1.000 vagas. Foram implantadas, até o momento, seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de um total de pelo menos 30 previstas. Dos três novos hospitais regionais que devem estar funcionando até o final do ano que vem, apenas o de Santa Maria está em obras. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde, os demais estão em fase de projeto ou definição do local onde deverá ser erguido. A Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre informa que um terço dos 1.077 leitos a serem entregues até o final do ano foram incorporados ao sistema público de saúde até agora. Mas, os médicos dizem que essas iniciativas ainda não foram suficientes para provocar um efeito positivo na rede hospitalar.

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