terça-feira, 30 de abril de 2013

Ministério Público denuncia coronel Ustra pela terceira vez


O Ministério Público Federal apresentou nesta segunda-feira, à Justiça Federal de São Paulo, nova denúncia contra o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, por crime de ocultação de cadáver. Esta é a terceira ação do Ministério Público Federal contra Ustra por crimes praticados durante o regime militar. Neste caso, o coronel é acusado de falsificar os documentos de registros da morte e de enterrar clandestinamente o corpo do estudante de medicina Hirohaki Torigoe, de 27 anos. Ele morreu no dia 05 de janeiro de 1972. É denunciado também nesta ação o delegado aposentado Alcides Singillo, que atuou no Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops) naquele período. Segundo a denúncia, como os restos mortais de Torigoe ainda não foram localizados, o crime permanece em aberto e, por isso, não é coberto pela Lei da Anistia, válida apenas para casos ocorridos entre 1961 e 1979. Além da morte do estudante, o Ministério Público Federal apura a ocultação de corpos de outros 15 mortos. Para o advogado de defesa de Ustra, Paulo Alves Esteves, a denúncia é "mera alegação" e não deve avançar na Justiça, já que, em sua avaliação, não há provas de que o coronel tenha falsificado os documentos sobre a morte do estudante. As outras duas denúncias contra Ustra são pelos crimes de sequestro do ex-marinheiro Edgar de Aquino Duarte, em 1971, e do bancário Aluízio Palhano Pedreira Ferreira, desaparecido desde 1971.

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