terça-feira, 9 de abril de 2013

Operações feitas hoje pelo Ministério Público são em defesa do poder investigatório, dizem promotores


O Ministério Público do Rio de Janeiro realizou nesta terça-feira duas operações conjuntas no âmbito das ações realizadas em todo o País pela passagem do Dia Nacional de Combate à Corrupção. Segundo o promotor de Justiça do Rio de Janeiro, Alexandre Themistocles, as iniciativas são um movimento em defesa do “legítimo e pleno” poder investigatório do Ministério Público. De acordo com o promotor, o poder de investigação de que é dotado o Ministério Público pode ser extinto se aprovada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011, que tramita na Câmara dos Deputados. “Essas ações foram desencadeadas no contexto contrário à Proposta de Emenda à Constituição, apelidada de PEC da Impunidade. O Ministério Público, no exercício do seu poder investigatório, lançou mão de várias diligências como meio de prova, como ação controlada, infiltração de agentes, todas autorizadas judicialmente”, disse o promotor. O Ministério Público do Rio de Janeiro realizou operações conjuntas com os ministérios públicos do Espírito Santo e de Minas Gerais, de combate à sonegação fiscal; e com a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, para prender seis acusados de tráfico de drogas e corrupção no Morro da Mangueira, zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, interceptações telefônicas e um vídeo documentaram a oferta de propina do grupo a um dos policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Mangueira, para que não reprimisse a venda de drogas no local. O policial receberia R$ 700,00 para fazer vistas grossas às atividades ilícitas por parte da quadrilha. As investigações começaram em julho do ano passado, quando o policial foi infiltrado e gravou a entrega do dinheiro, em encontro previamente autorizado pela Justiça. O policial ganhou da quadrilha um celular com chip, cujas ligações foram posteriormente gravadas pelo Ministério Público. Dos seis mandados de prisão, dois foram cumpridos. Dentre os foragidos, está o líder da quadrilha responsável pela venda de drogas na Mangueira, Jean Carlos Ramos Tomaz, conhecido como Beni, foragido do sistema penitenciário desde 2007. E é sempre assim, os grandões do tráfico de drogas do Rio de Janeiro sempre escapam. O Rio de Janeiro não tem jeito mesmo.

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