Dirigentes
de partidos que podem perder deputados para a nova sigla que nascerá da fusão do
PPS com o PMN começaram a se mobilizar para evitar defecções em suas bancadas.
A união das duas legendas está prevista para ser formalizada quarta-feira. O
PSD do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o DEM, presidido pelo
senador Agripino Maia (RN), são os dois partidos mais ameaçados de perder
deputados para a nova legenda. O objetivo da nova sigla, que deverá se chamar
Mobilização Democrática, é aumentar o tempo de televisão e os recursos
financeiros que a oposição terá na campanha presidencial do ano que vem. No
Congresso, calcula-se que o PSD poderá perder 15 de seus 48 deputados para a
nova legenda, considerando as ligações que integrantes do partido de Kassab têm
com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Campos, que há dois anos
ajudou Kassab a criar o PSD e agora deseja ser candidato a presidente da
República, colaborou com o deputado Roberto Freire (PPS-PE) na organização da
sigla que deve ser criada nesta semana. Os dois se encontraram há cerca de um
mês para discutir o assunto, em um hotel em Brasília, e o governador ofereceu a
assessoria de advogados do PSB para a organização do novo partido. Outra
dificuldade para Kassab é que muitos deputados do PSD são oriundos da oposição
e não concordam com sua recente aproximação com a presidente Dilma Rousseff,
que planeja concorrer à reeleição em 2014. O ex-prefeito diz não se preocupar
com a possibilidade de perder filiados. “O que todos têm, a começar por mim, é
muita admiração pelo Eduardo Campos, mas ninguém quer sair”, afirmou.
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