O
perito Osvaldo Negrini Neto, quinta testemunha de acusação a depor no Fórum da
Barra Funda, em São Paulo, nesta segunda-feira, no processo do massacre do
Carandiru, dsse que, nas primeiras celas que examinou, no corredor do segundo
pavimento do Pavilhão 9, havia marcas de balas e sangue. "Tinha um poço de
sangue que eu fiquei com sangue até as canelas", afirmou. A testemunha
contou que a retirada dos corpos do presídio prejudicou a perícia. Ele mostrou
aos jurados as fotos que tirou no presídio e o laudo que fez à época do
massacre. Já o ex-diretor da Divisão de Segurança do Complexo da Carandiru,
Moacir dos Santos, na saída do Fórum Criminal da Barra Funda, afirmou: “Foi uma
coisa muito marcante, foi uma coisa terrível. Para mim isso aí foi uma covardia
danada que fizeram com os presos". Para ele, a invasão que resultou em 111
mortes em outubro de 1992 "acabou com a carreira" dele. Ele foi uma
das testemunhas de acusação ouvidas no primeiro dia de julgamento dos 26 policiais
militares acusados de matar 15 detentos no segundo pavimento do presídio.
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