segunda-feira, 15 de abril de 2013

Perito diz que ficou com sangue até as canelas no presídio do Carandiru


O perito Osvaldo Negrini Neto, quinta testemunha de acusação a depor no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, nesta segunda-feira, no processo do massacre do Carandiru, dsse que, nas primeiras celas que examinou, no corredor do segundo pavimento do Pavilhão 9, havia marcas de balas e sangue. "Tinha um poço de sangue que eu fiquei com sangue até as canelas", afirmou. A testemunha contou que a retirada dos corpos do presídio prejudicou a perícia. Ele mostrou aos jurados as fotos que tirou no presídio e o laudo que fez à época do massacre. Já o ex-diretor da Divisão de Segurança do Complexo da Carandiru, Moacir dos Santos, na saída do Fórum Criminal da Barra Funda, afirmou: “Foi uma coisa muito marcante, foi uma coisa terrível. Para mim isso aí foi uma covardia danada que fizeram com os presos". Para ele, a invasão que resultou em 111 mortes em outubro de 1992 "acabou com a carreira" dele. Ele foi uma das testemunhas de acusação ouvidas no primeiro dia de julgamento dos 26 policiais militares acusados de matar 15 detentos no segundo pavimento do presídio.

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