A
família do Nobel de literatura chileno Pablo Neruda concordou com o envio de
seus restos mortais para os Estados Unidos, onde passarão por uma série de
testes toxicológicos. Seu corpo foi exumado na última segunda-feira por
autoridades chilenas em um esforço para determinar se sua morte foi causada por
envenenamento. Neruda morreu há 40 anos, logo após o golpe de Estado que
colocou o general Augusto Pinochet no poder. Na ocasião, sua morte foi
atribuída a um câncer de próstata. Um assessor do poeta, porém, tem defendido
que ele recebeu uma injeção letal por ordem de Pinochet. O advogado Rodolfo
Reyes, sobrinho de Neruda que participou da exumação de seu corpo junto com um
grupo especialistas internacionais, disse a uma rádio local que os restos
mortais de seu tio serão minuciosamente examinados. As autoridades afirmaram
que os testes serão realizados na Carolina do Norte. Em 2011, porém, o Chile
começou a investigar alegações de Manuel Araya, ex-motorista e assistente
pessoal de Neruda, sobre o suposto envenenamento de seu patrão. Araya disse que
Neruda telefonou para ele de um hospital e disse que começou a se sentir mal
depois de receber uma injeção. As alegações são apoiadas pelo Partido Comunista
Chileno, que afirma que Neruda não apresentava sintomas de câncer quando
morreu.
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