quinta-feira, 25 de abril de 2013

Vale é contra pagar salários em projeto na Argentina por mais 20 dias


O presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse discordar da Justiça argentina que "evocou" uma lei pela qual ampliou o prazo para a companhia deixar o projeto de potássio de Rio Colorado em mais 20 dias, contados a partir do último dia 18. Para Ferreira, tal medida não "se aplica" ao caso da Vale. A mineradora está obrigada a pagar salários e encargos durante todo esse período, chamado de conciliação. O mesmo ocorre com empresas contratadas pela companhia brasileira para instalar o projeto. Segundo Ferreira, os recursos financeiros da Vale na Argentina "estão se exaurindo". Ainda assim, o executivo disse que todos os compromissos serão honrados e que a mineradora irá sair do país de forma "serena e pacífica". Diante do aumento do custo do projeto e sem incentivos fiscais, a Vale decidiu abandonar a implantação da mina de Rio Colorado. Não há perspectivas de retomar o projeto. A Vale diz ainda que não é ré no processo de investigação aberto na Guiné e nos Estados Unidos e que envolve sua parceira, a israelense BSG, em reservas de minério de ferro naquele país. Um executivo da companhia foi detido sob suspeita de corrupção na concessão dessas reservas. Sobre a suposta espionagem praticada pela gestão anterior Vale contra funcionários, jornalistas e movimentos sociais, Ferreira disse que a auditoria interna que foi constituída está sob responsabilidade do Conselho de Administração e que toda a área de inteligência da mineradora foi reestruturada no ano passado.

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