quinta-feira, 9 de maio de 2013

Consórcio Maracanã vence licitação e administrará o estádio por 35 anos


Não houve surpresa no Palácio Guanabara durante o anúncio do vencedor da licitação para a operação do complexo do Maracanã. O Consórcio Maracanã, composto por Odebrecht , IMX e AEG, foi escolhido pelo governo do Rio de Janeiro para administrar o principal estádio da Copa do Mundo de 2014 pelos próximos 35 anos. O outro concorrente era o consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio de Janeiro, formado por OAS, Largadère e Stadion Amsterdan. Antes de o novo "dono" assumir a administração do estádio, contudo, um assunto terá de ser resolvido na Justiça. A empresa Golden Goal, que explorava parte dos camarotes do antigo Maracanã, conseguiu liminar que garante a suspensão deste setor na concessão. O secretário da Casa Civil do governo do Rio de Janeiro, Régis Fichtner, minimizou a questão: "Quando o Maracanã foi fechado, ainda havia um tempo de utilização para esta empresa, mas é uma questão pequena, o Estado vai fazer a indenização". Apesar das críticas sobre a entrega de um estádio que custou mais de R$ 1 bilhão, Fichtner destacou o que considera importante na decisão de conceder o Maracanã à iniciativa privada: "Teremos mais eficiência com a gestão privada, e vamos colocar dinheiro em outras áreas". A Odebrecht, que também foi responsável pela obra, terá 90% de participação, a IMX, do bilionário Eike Batista, 5%, e a americana AEG, 5%. Foram avaliadas questões financeiras e técnicas. A proposta do grupo foi de R$ 181,5 milhões em 33 parcelas anuais, mais o investimento de R$ 594.162.148,71 em obras no entorno. O Maracanã será vizinho de uma área de entretenimento, do museu do futebol e olímpico e de um estacionamento. O estádio de atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare virão abaixo, mas há o comprometimento para a construção de centros esportivos de atletismo e natação em local próximo como compensação. A grande dúvida é saber quando tudo isso ficará pronto, pois, hoje, a parte de fora do Maracanã é um grande canteiro de obras. Tecnicamente, pesou a experiência da AEG em administração de complexos esportivos. Com sede em Los Angeles, a empresa administra de 120 arenas por todo o mundo, como o Staples Center e os estádios de Galatasaray e Fenerbahçe, na Turquia. Além disso, a AEG é proprietária de clubes de futebol (Galaxy), hóquei no gelo (Kings) e basquete (Lakers) e será parceira na gestão de outros três estádios no Brasil: Arena Pernambuco, em Recife; Arena Palestra, em São Paulo, e Arena da Baixada, em Curitiba.

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