domingo, 12 de maio de 2013

CORONEL USTRA DETONA OS COMUNISTAS EM SUA FALA À "COMISSÃO DA VERDADE DO PT" E CITA PARTICIPAÇÃO DE DILMA


O coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, revelou que havia mais de quarenta organizações terroristas e que a presidente Dilma Rousseff participou em quatro desses grupos comunistas. O coronel Ustra afirmou na sexta-feira que "lutou pela democracia" e negou ter cometido crimes durante o regime militar. "Nunca fui assassino", disse Ustra aos integrantes da Comissão Nacional da Verdade. Durante sua fala, Ustra ainda acusou a presidente Dilma Rousseff de ter integrado um grupo terrorista que queria transformar o Brasil em um país comunista. “Todas as organizações terroristas – que eram mais de quarenta – tinham, claramente, o objetivo final de implementar a ditadura do proletariado. Inclusive as quatro organizações das quais a nossa presidente da República participou". Ustra foi convocado como parte das atividades do colegiado, que ouviu também o ex-agente Marival Chaves Dias do Canto. Ele confirmou que Roberto Artone era agente da repressão e poderia dar informações sobre desaparecidos políticos. Antes das perguntas, Ustra fez um depoimento inicial em que defendeu sua atuação no período militar. "Nós lutamos para preservar a democracia, estávamos lutando contra o comunismo. Para que isso não se transformasse num enorme 'Cubão'", afirmou o coronel da reserva. O militar afirmou ainda que se não houvesse a atuação do Exército, ele "já teria ido para o paredão". O coronel comandou o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), do 2º Exército, em São Paulo, entre 1970 e 1974. O nome dele é um dos mais citados em denúncias de violações de direitos humanos no período. "Quem tem que estar aqui é o Exército, não eu", disse em tom exaltado. "Eu não vou me entregar. Eu lutei, lutei e lutei. Tudo que eu tenho a declarar está no meu livro", afirmou ao final da sua fala. Ustra obteve decisão liminar na Justiça que o autorizou a ficar calado, mas respondeu parte das questões. Perguntado sobre um caso de estupro nas dependências do DOI-Codi, Ustra reagiu com irritação: "Nunca, nunca, nunca ninguém foi estuprado dentro daquele órgão. Digo isso em nome de Deus. É verdade o que estou falando". Ustra também negou a ocorrência de mortes no DOI-Codi durante o seu comando: "Sempre admitimos que houve mortos durante o regime militar. No meu comando ninguém foi morto dentro do DOI. Todos foram mortos em combate. Dentro do DOI, nenhum". O depoimento do coronel Ustra terminou em confusão. Muito embora estivesse protegido com habeas corpus que o autorizava a permanecer em silência, Ultra falou, e muito. A confusão se estabeleceu quando um vereador paulistano apareceu para afirmar que fora torturado por ele. O depoimento foi acompanhado por diversos militares, que se solidarizaram com Ustra, também aos gritos.

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