quarta-feira, 8 de maio de 2013

Dez anos depois, mulheres escapam de cativeiro


“Sou Amanda Berry. Fui sequestrada. Estive desaparecida durante 10 anos. Estou livre, estou aqui agora”. As palavras gravadas no telefonema ao número de emergência americano 911 colocaram fim a uma década de cativeiro para Amanda, 27 anos, e outras duas mulheres, Gina DeJesus, 23, e Michelle Knight, 32. Desaparecida desde abril de 2003, Amanda conseguiu colocar os braços em um buraco na porta de uma casa na cidade de Cleveland, no Estado de Ohio, e chamar a atenção do vizinho Charles Ramsey, no início da tarde de segunda-feira. Ele derrubou a porta, permitindo que Amanda, que estava com uma criança pequena, chamasse a polícia. Elas foram levadas a um hospital e liberadas ontem pela manhã em boas condições de saúde. As três jovens teriam sido aprisionadas por três irmãos, detidos após o chamado de Amanda: Ariel Castro, 52 anos, Pedro Castro, 54, e Onil Castro, 50. Fontes ouvidas pela imprensa local afirmaram que as mulheres teriam sido amarradas e a polícia encontrou correntes penduradas em um dos tetos. As três jovens desapareceram quando ainda eram adolescentes e foram mantidas reféns na mesma casa. Amanda tinha 16 anos quando desapareceu após sair do trabalho. A mãe dela, Louwanna Miller, morreu de ataque cardíaco em março de 2006, ainda incansável na busca pela filha. Gina tinha 14 anos em 2004 quando sumiu após deixar a escola. Michelle fora vista pela última vez em 23 de agosto de 2002, aos 21 anos de idade, depois de ter ido visitar uma prima, segundo o jornal Cleveland Plain Dealer. Todos os casos ocorreram na mesma região da cidade, nas proximidades da casa onde foram encontradas. Para as autoridades, as três estavam mortas. Ariel Castro foi descrito pelos vizinhos como um amigável motorista de ônibus e músico. O suspeito, porém, teria antecedentes criminais. Registros policiais mostram que Castro foi preso por violência doméstica e por perturbação da ordem pública em 1993. Ele também foi acusado de violentar sua ex-mulher em 2005, quebrando o nariz e as costelas dela. Os agentes confirmaram que o suspeito usava como endereço em documentos a casa transformada em cativeiro. Os outros dois acusados moravam em lugares diferentes. Nenhum deles estava na lista das buscas feitas pela polícia nos últimos 10 anos.

Nenhum comentário: