domingo, 12 de maio de 2013

Dissidente cubano Guillermo Fariñas viaja aos Estados Unidos e Europa

O dissidente cubano Guillermo Fariñas, conhecido internacionalmente pelas prolongadas greves de fome por causas referentes aos presos políticos, viajou neste domingo aos Estados Unidos e Europa para uma visita que se estenderá por um mês. "Vou fazer uma viagem de trabalho convidado por organizações de exílio e pessoas individuais", informou o psicólogo e jornalista de 50 anos. Fariñas, que viaja acompanhado de sua mãe, Alicia Hernández, explicou que até dia 15 de junho deve visitar Miami, Nova Jersey, Washington e San Juan, em Porto Rico. Depois irá para Espanha e Bélgica, onde receberá o prêmio Sakarov de direitos humanos dados pelo Parlamento Europeu em 2010 e que ainda não pôde ser entregue porque anteriormente a ditadura cubana negava permissão para ele sair do país. Neste momento se encontram fora de Cuba outros conhecidos dissidentes como Berta Soler, porta-voz das Damas de Branco, a blogueira Yoani Sánchez e o líder da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), Elizardo Sánchez, em viagem pela Europa e Estados Unidos. Fariñas, que lidera o grupo opositor ilegal Frente Antitotalitária Unida na província central de Villa Clara, onde reside, precisou que seu périplo tem o propósito de estreitar relações "com todos os cubanos" e "debater sobre uma democratização de Cuba". Este opositor protagonizou cerca de 20 greves de fome, a última delas por mais de quatro meses em 2010, após a morte do preso político Orlando Zapata Tamayo, para exigir a libertação dos prisioneiros políticos mais doentes. Esse jejum foi abandonado depois que a ditadura cubana anunciou seu compromisso de libertar 52 dissidentes do Grupo dos 75, condenados em 2003, fruto de um inédito diálogo aberto em maio de 2010 com a hierarquia da Igreja Católica da ilha.

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