domingo, 12 de maio de 2013

Leite proibido foi servido a crianças em abrigos do Rio Grande do Sul


Leite que não poderia ser vendido chegou às canecas de 600 crianças e adolescentes nos abrigos da Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul (FPERGS), órgão do governo que tutela menores em situação de risco. Lotes com a data de fabricação de 6, 7, 12 e 17 de abril de 2013 de leite Latvida foram entregues nos 43 abrigos da fundação no início do mês e servidos até quarta-feira passada, quando estourou a operação Leite Compen$ado. Embora os lotes enviados aos abrigos não estivessem entre os identificados como adulterados, com presença de uréia e formol, a venda e a fabricação pela VRS, dona da marca Latvida, haviam sido proibidas pela Secretaria da Agricultura a partir de 1º de abril, depois que foram detectados problemas na estrutura da indústria. Entretanto, no dia 22 de abril o Ministério Público e a Secretaria da Agricultura verificaram que a produção continuava, e na quinta-feira passada decidiram interditar a empresa. A venda de leite para a fundação, órgão do mesmo Estado que proibiu a operação da VRS, contradiz o posicionamento da empresa de que a proibição estava sendo obedecida. As crianças na fundação consumiam leite Latvida há seis meses, quando licitação de entrega foi vencida por uma nova empresa de distribuição, que definia os fornecedores. Entre as marcas de leites entregues, também estava a Mu-mu, fabricada pela Vonpar, na qual foi encontrada a presença de formol em exames laboratoriais feitos pelo Ministério da Agricultura. Exame da Secretaria da Agricultura do Estado encontrou formol e ureia também na composição do Latvida.

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