segunda-feira, 20 de maio de 2013

Marina Silva intensifica coleta de assinatura para Rede


Os simpatizantes da ex-senadora Marina Silva estão correndo contra o tempo para coletar, até o final de junho, as 500 mil assinaturas necessárias para criação da Rede Sustentabilidade. A preocupação é que os cartórios eleitorais costumam apontar irregularidades e rejeitar até 30% das fichas de apoiamento apresentadas, o que obriga a militância a intensificar os eventos para ir além do número de assinaturas exigido pela Justiça Eleitoral. "Temos de trabalhar com a perspectiva de 700 mil assinaturas", afirmou o deputado federal Walter Feldman (SP), da Comissão Nacional Provisória da futura legenda. A Rede atingiu nesta segunda-feira 328.908 fichas de apoio graças a um calendário de eventos que incluiu show em São Paulo, coleta de assinaturas em locais de grande movimentação (entre eles a Virada Cultural da capital paulista e mobilização em parques) e mutirões nos fins de semana. Marina Silva também se impôs uma agenda intensa para tentar alavancar as assinaturas. Na última semana, a ex-senadora passou dois dias em Pernambuco e três em São Paulo, em uma força-tarefa para dobrar os apoios, mas apesar do número crescente de assinaturas, o esforço ainda não é suficiente. "Nós nos impusemos um prazo extremamente curto", reconheceu João Paulo Capobianco. "Está muito apertado, é inegável, mas conseguimos isso sem nenhuma estrutura, sem uso de máquina pública", comentou Feldman. Os aliados de Marina Silva negaram que os comentários da ex-senadora sobre o preconceito religioso contra o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) tenham afetado o processo de coleta de assinaturas, mas admitiram o desconforto inicial com a repercussão da fala. "Teve um impacto num primeiro momento que preocupou", contou Feldman. Na avaliação dos "marineiros", houve uma resposta rápida da assessoria da ex-senadora ao esclarecer as declarações e, por isso, não houve reflexo na campanha de coleta de assinaturas.

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