segunda-feira, 13 de maio de 2013

PRB admite que pode deixar base e apoiar candidatura de Campos em 2014


O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, admitiu nesta segunda-feira a possibilidade de uma aliança nacional com o PSB caso o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, seja candidato à Presidência em 2014. A compensação seria o apoio do PSB à candidatura de Celso Russomanno ao governo de São Paulo. "Evidentemente isso tem importância, tem um peso, o que vamos considerar", disse Pereira após almoçar no domingo com o governador. Segundo ele, Russomanno aparece em segundo lugar nas pesquisas internas, atrás do governador tucano Geraldo Alckmin. O dirigente fez questão de frisar que o partido ainda não tomou nenhuma atitude sobre alianças e que, por ora, são avaliações pessoais. Em Pernambuco, o PRB já integra a base de apoio de Eduardo Campos. Em São Paulo, o PSB apoiou o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. A aliança PSB-PT em São Paulo só foi concretizada após apelos e intervenção do ex-presidente Lula. Em entrevista na sede do PRB no Recife, depois de se encontrar com o governador no palácio do governo, Pereira frisou que o PRB, "no cenário atual", está com a presidente Dilma". Deixou claro, no entanto, que essa posição poderá ser revista: "Temos que ver se a economia vai deslanchar, se vai melhorar, para poder ver para que lado a gente vai em 2014". Segundo Pereira, Eduardo Campos nada tem a perder se se candidatar. "Se eu fosse ele, disputaria a eleição", afirmou. Na sua avaliação, se o PSB conseguir alianças com outros partidos e conquistar cinco minutos de televisão, "a candidatura de Campos será competitiva e com grande chance de chegar ao segundo turno". A aliança com o PRB daria ao partido de Campos 30 segundos diários de propaganda eleitoral em rádio e televisão. "Lula perdeu três para ganhar a quarta eleição", lembrou o presidente do PRB, ao destacar que a candidatura de Celso Russomanno (PRB) à Presidência, em 2010, promoveu o aumento da bancada e reforçou a sigla nacionalmente: "Não perdemos nada".  No almoço, Marcos Pereira disse que a conversa girou em torno da "política econômica nacional, do crescimento pequeno do PIB que tem que melhorar, da iminente inflação, que nos preocupa a ambos como presidentes nacionais de partidos que fazem parte da base do governo". O crescimento econômico de Pernambuco, acima da média nacional, também foi abordado.

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