terça-feira, 21 de maio de 2013

Presidente do Banco Central assegura que inflação está sob controle e cairá nos próximos meses


Depois de atingir picos no primeiro trimestre, a inflação começou a desacelerar e tende a continuar a cair nos próximos meses, disse nesta terça-feira o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, ele assegurou que os preços estão sob controle e que não há risco de o índice oficial fechar o ano acima do teto da meta. De acordo com Tombini, o principal fator que manteve a inflação elevada no início de 2013 foi o choque nos preços dos alimentos, que dependem de fatores externos, não ligados à política monetária. Segundo ele, o início do ciclo de aumento da taxa Selic (juros básicos da economia) e o alívio nas pressões dos preços de determinados alimentos impedirão que a inflação fuja do controle. Além do aumento dos juros básicos, Tombini ressaltou que continuará a fazer declarações à imprensa e ao mercado para reforçar o compromisso da autoridade monetária com o controle da inflação. “A comunicação é parte importante na consecução da política monetária. As informações repassadas pelo Banco Central contribuem para as decisões dos agentes econômicos”, declarou. Para Tombini, o novo ciclo de aumento na taxa Selic não interferirá no crescimento da economia em 2013. “O que o Banco Central está fazendo é compatível com a recuperação gradual da economia. O combate à inflação fortalece a confiança na economia, ao mesmo tempo em que protege a renda do trabalhador”, destacou. Ele manteve a projeção de que o Produto Interno Bruto (PIB), soma de tudo o que o país produz, crescerá 3,1% neste ano. Tombini negou ainda que o Banco Central esteja trabalhando para que a inflação fique próxima do teto da meta. Ele reafirmou que a autoridade monetária mira o centro da meta de inflação, que é de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais.

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