domingo, 5 de maio de 2013

Produção industria sobe em março, mas cai 0,5% no primeiro trimestre


Após registrar em fevereiro a maior queda mensal desde dezembro de 2008, a produção industrial brasileira deu sinais de recuperação em março. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na sexta-feira mostram que o indicador cresceu 0,7% em março ante fevereiro, quando o recuo mensal foi de 2,4%. Em relação ao mesmo período de 2012, a produção industrial caiu 3,3%. Trata-se do segundo resultado negativo do ano nessa base de comparação. De acordo com o IBGE, 17 dos 27 setores de atividade avaliados na pesquisa registraram queda na produção no período. Analistas esperavam que a produção industrial reagisse melhor no terceiro mês, registrando alta de 1,3% ante fevereiro. Na comparação anual, a expectativa era de recuo menor, de 2,1% na mediana de 25 projeções. Os principais impactos negativos do trimestre foram em edição, impressão e reprodução de gravações (-10,2%), metalurgia básica (-6,9%), farmacêutica (-9,0%), alimentos (-3,1%), indústrias extrativas (-4,9%), produtos têxteis (-7,1%), máquinas e equipamentos (-2,0%) e fumo (-23,3%). Por outro lado, entre as dez atividades que ampliaram a produção, a de veículos automotores (12,7%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria. Outras contribuições positivas relevantes vieram dos setores de refino de petróleo e produção de álcool (7,2%) e de outros equipamentos de transporte (6,2%). Para abril, o instituto de pesquisa inglês Markit Economics prevê uma expansão da indústria em ritmo mais lento dos últimos seis meses. A afirmação se baseia nos resultados do Índice de Gerentes de Compras (PMI), que desacelerou de 51,8 pontos em março para 50,8 pontos no mês passado. Essa foi a pior expansão desde outubro do ano passado, quando o PMI foi de 50,2 pontos. Uma leitura acima de 50 pontos indica crescimento, enquanto um número abaixo indica contração. De acordo com o índice, a indústria brasileira cresceu pela oitava vez seguida, mas está em desaceleração desde fevereiro. Os economistas consultados pelo Banco Central para o relatório Focus voltaram a reduzir sua expectativa para a produção industrial do Brasil em 2013, passando-a de 2,86% para 2,83%. Há quatro semanas a expectativa era de 3,12% de alta. Para 2014 eles esperam expansão de 3,75%.

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