quinta-feira, 9 de maio de 2013

Tribunal de Justiça destitui direção da Federação Mineira de Futebol


A pouco mais de um mês do início da Copa das Confederações, a Federação Mineira de Futebol, que controla o esporte em uma das sedes da competição, está sem direção. A Justiça determinou nesta quinta-feira o afastamento imediato de toda a diretoria da entidade, ao cassar uma liminar que mantinha no cargo, desde o início do ano, o presidente Paulo Schettino e os demais diretores. A decisão unânime foi da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que negou agravo de instrumento apresentado por Schettino e pela federação contra decisão do juiz Wauner Batista. Em dezembro passado, o magistrado, então titular da 6ª Vara Cível do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, atendeu a pedido do Ministério Público Estadual e anulou os efeitos de uma assembleia geral realizada pela FMF em 18 de agosto de 2011, que, entre outras decisões, estendeu o mandato de Schettino até dezembro de 2014. O dirigente assumiu o cargo há nove anos, quando era vice-presidente da FMF e o então presidente, Elmer Guilherme, já morto, foi cassado por diversas irregularidades, incluindo desvio de verbas. Schettino, que é ex-delegado da Polícia Civil mineira e ex-deputado estadual, conseguiu se reeleger e, desde então, enfrenta uma série de batalhas judiciais, principalmente contra o Ministério Público Estadual. Após o juiz Wauner Batista anular os efeitos da assembléia de agosto de 2011, Schettino conseguiu liminar para se manter no comando do futebol mineiro e recorreu ao Tribunal de Justiçpa mineiro, questionando a legitimidade do Ministério Público para atuar no caso, já que a FMF é uma entidade privada. Mas o relator do recurso, desembargador Newton Teixeira Carvalho, ressaltou que a Lei Pelé classificou o futebol como "patrimônio cultural brasileiro", com "elevado interesse social", e considerou que o Ministério Público Estadual tem competência para atuar na "defesa dos interesses da liga desportiva".

Nenhum comentário: