quinta-feira, 6 de junho de 2013

Diretores da Saúde se demitem após suspensão de campanha

Numa reação à exoneração do infectologista Dirceu Greco da direção do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, os diretores adjuntos do órgão, Eduardo Barbosa e Rui Burgo, pediram demissão nesta quarta-feira. A crise no programa, que durante anos foi considerado como referência internacional, foi deflagrada na terça-feira, com a suspensão, determinada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de uma campanha para combater o preconceito às profissionais do sexo. Greco e Barbosa atribuem o desfecho a uma onda conservadora no governo. "Fui destituído e rapidamente exonerado pelo secretário de Vigilância em Saúde por ordem do ministro da Saúde, por discordâncias do ministério com a condução da política de direitos humanos (...), que não coadunava com a política conservadora do atual governo", afirmou Greco, num e-mail de despedida, divulgado logo depois da sua demissão. A campanha, lançada no fim de semana pelo departamento nas redes sociais, trazia peças com mensagens de prevenção. Numa das peças, uma prostituta afirma: "Eu sou feliz sendo prostituta".

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