terça-feira, 18 de junho de 2013

EMBRAER TRIUNFA NA FEIRA DE LE BOURGET

Junto aos gigantes da aeronáutica mundial, como o europeu Airbus ou a norte-americana Boeing, que anunciaram pedidos multimilionários no salão aeronáutico de Le Bourget, as fabricantes de jatos regionais como a brasileira Embraer, a canadense Bombardier e o europeu ATR também ocupam um lugar importante em um mercado em plena expansão. "O mercado dos aviões de média e longa distância resistiu bem à crise, mas os demais mercados, incluindo o dos aviões regionais, enfrentou tempos difíceis", segundo Nick Cunnigham, analista aeronáutico da Agency Partners. Contudo, hoje "a produção volta a ser colocada em prática" para as fabricantes de aeronaves regionais, apesar da concorrência dos A320 da Airbus ou do Boeing 737, disse Christophe Menard, analista da Kepler Cheuvreux.  Como lembra o europeu ATR, 30% dos passageiros aéreos do mundo (900 milhões de pessoas) viajam em distâncias inferiores a 550 km, ou seja, no raio de ação dos aviões regionais. Na segunda-feira, na estréia do salão de Le Bourget, a poucos quilômetros do norte de Paris, a Embraer lançou sua nova geração de aviões regionais batizada de E2 com 100 pedidos firmes e 215 intenções de compra. A companhia americana de transporte regional SkyWest e a empresa americana de aluguel de aviões ILFC figuram entre os clientes desses novos aparelhos. A ILFC assinou um protocolo de compra para 25 E190-E2 (108 lugares) e 25 E195-E2 (até 144 lugares), com uma opção para outros 50 aviões. Diversas companhias da África, Ásia, Europa e América Latina manifestaram também sua intenção de comprar 65 destes novos aviões E2. A família E2 da Embraer oferece mais lugares que a geração atual e consome menos combustível. As três versões desta família E2 (E175, E190 e E195) entrarão em serviço entre 2018 e 2020. A Embraer pretendia lançar há algum tempo um novo avião de alcance regional maior que a série atual, mas teve que renunciar ao projeto ano passado. A empresa acabou optando pela modernização da atual série. No mesmo segmento de aviões regionais, o ATR, filial do grupo aeroespacial europeu EADS e de Finmeccanica, anunciou pedidos nesta terça-feira de 2,1 bilhões de dólares, em particular para a companhia de aluguel dinamarquesa Nordic Aviation Capital. A ATR reivindica 65% da participação de mercado dos aviões regionais de menos de 90 pessoas e suas aeronaves concorrem diretamente com os CRJ 700, CRJ 900 e Q400 da canadense Bombardier e com os E jets 170 e 175 da Embraer.

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