quinta-feira, 13 de junho de 2013

FRENTE PARLAMENTAR AGRÁRIA PROTESTA EM CINCO ESTADOS CONTRA DEMARCAÇÕES DE TERRAS DE ÍNDIOS

Entidades do agronegócio farão nesta sexta-feira manifestações em cinco Estados contra demarcações de terras indígenas que são promovidas de maneira criminosa pela Funai. Os protestos serão realizados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, onde produtores correm o risco de perder as terras por causa da demarcação e ampliação de reservas pela Fundação Nacional do Índio (Funai). A idéia inicial da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que conta com o apoio da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e de federações estaduais de Agricultura, era promover uma grande paralisação nacional para chamar a atenção da população para a questão indígena, mas depois os organizadores decidiram que cada Estado deve definir o tipo de manifestação. Os movimentos nos Estados serão coordenados por deputados federais Valdir Collato (PMDB), em Santa Catarina; Reinaldo Azambuja (PSDB), em Mato Grosso do Sul; Dilceu Sperafico (PP), no Paraná; e Nilson Leitão (PSDB), em Mato Grosso. A senadora Kátia Abreu (PSD/TO), presidente da CNA, participa da manifestação promovida pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), que será realizada a partir das 9 horas no trevo do município de Nova Alvorada do Sul, a 120 km de Campo Grande. A manifestação em Mato Grosso do Sul chamará a atenção pela gravidade da situação, como a morte a golpe de facões e flechas do sitiante Arnaldo Alves Ferreira, após discussão com indígenas. No final de maio, o índio terena Oziel Gabriel morreu, atingido por um tiro durante confronto dos índios com policiais federais que cumpriam ordem judicial de reintegração de posse de fazenda invadida. Em Santa Catarina estão previstas três grandes manifestações na região oeste, palco de conflitos fundiários por causa da demarcação de terras indígenas. A Federação de Agricultura (Faesc) apoia, mas rejeita atitudes radicais como fechamento de estradas e rodovias. No Paraná, a federação estadual de Agricultura (Faep), também orienta que as manifestações sejam pacíficas, "sem fechamento de estradas ou de pontes". Ágide Meneguette, presidente da Faep, diz que o importante é demonstrar que as ações da Funai devem ser repudiadas e recomenda que nas entrevistas e pronunciamentos as lideranças não forcem "carga contra o índio". Ele diz que "o índio está sendo usado como massa de manobra pela militância que se instalou na Funai e que comanda ONGs interessadas em estabelecer confusão na área rural".

Nenhum comentário: