segunda-feira, 24 de junho de 2013

GOL CORTARÁ VÔOS NO BRASIL E ABRIRÁ MAIS ESCALAS NO CARIBE

A companhia aérea Gol vai cortar 200 vôos semanais a partir de agosto, principalmente de rotas dentro do Brasil. A estratégia faz parte do ajuste da empresa à alta do dólar, afirmou seu presidente Paulo Sérgio Kakinoff nesta segunda-feira. A Gol tem 950 vôos diários, incluindo rotas nacionais e internacionais, e um total de 6.650 mil vôos por semana. Mas o corte, segundo Kakinoff, não será linear, ou seja, haverá dias da semana que serão menos afetados pelos cortes que outros. A companhia tem cerca de 55% de seus custos operacionais atrelados ao dólar, principalmente combustíveis (43%), que são precificados na moeda norte-americana, além das despesas com leasing. Por isso, a necessidade de ajustes a um novo cenário. Na média internacional, o combustível de aviação responde por 33% dos custos. Conforme o executivo, só a alta do dólar vai custar 900 milhões de reais às empresas aéreas brasileiras este ano, se a moeda norte-americana ficar na casa dos 2,25 reais. Na manhã desta segunda-feira, a Gol soltou um comunicado informando que cortaria 9% de sua oferta doméstica, número pior que o previsto inicialmente. A expectativa anterior da empresa era de que a oferta de vôos seria cortada em 7%. Ao mesmo tempo, a Gol reiterou sua meta de margem operacional entre 1% e 3%. "O ambiente externo evoluiu negativamente para a companhia", disse Kakinoff. Após estes ajustes, o presidente da empresa disse que não estão previstos novos cortes na oferta de pessoas. Ele também descartou novas demissões na empresa. Diante do novo cenário, a Gol reviu suas projeções para dólar e o crescimento brasileiro este ano. Antes, a companhia trabalhava com dólar a 1,95 real a 2,05 reais na média de 2013. Agora, trabalha com 2,08 reais a 2,18 reais. Para o crescimento brasileiro, a empresa mudou a projeção do intervalo de 2,5% a 3% para 2% a 2,5%. Já para o preço do combustível a expectativa passou de 2,30 reais por litro para 2,40 reais. A Gol também informou que vai manter seus projetos de ampliação de rotas do Brasil para o Exterior, mesmo com o cenário internacional adverso. No segundo semestre, a empresa deve anunciar "um ou dois" vôos para algum destino nas Américas, com escala na República Dominicana, segundo  Kakinoff.

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