terça-feira, 18 de junho de 2013

HADDAD DIZ QUE CONGELAR TARIFA EM R$ 3,00 CUSTARÁ R$ 8,6 BILHÕES À PREFEITURA DE SÃO PAULO

A revogação do aumento de R$ 0,20 nas tarifas de ônibus em São Paulo e o congelamento das passagens em R$ 3,00 irá custar, em 2013, R$ 1,425 bilhão em subsídios. Outros R$ 2,085 terão de ser gastos em 2014 para manter o sistema em funcionamento. Para 2015, o valor do repasse necessário para segurar a tarifa ainda em R$ 3,00 será de R$ 2,392 bilhões, e novos R$ 2,714 bilhões em 2016. Os números foram transmitidos pelo prefeito petista Fernando Haddad aos integrantes do Movimento Passe Livre e do Conselho da Cidade, em reunião na manhã desta terça-feira, na sede da prefeitura. Antes da apresentação dos custos, os "conselheiros" que usaram a palavra foram unânimes em pedir ao prefeito uma volta atrás no reajuste. "Eu tenho de ser transparente e mostrar à cidade o que essa decisão significa, respondeu o prefeito, ao fechar a reunião. Esse dinheiro em subsídios terá de sair de algum lugar, caso contrário o sistema não irá continuar funcionando. Antes de Haddad, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tato, mostrou o peso proporcional dos custos do sistema de ônibus da capital na composição da tarifa. Mais de 48% do preço de um bilhete se destinam ao pagamento de pessoal, como motoristas e cobradores. O lucro das empresas de transporte coletivo não é superior a 7% do valor da passagem, segundo informação da Prefeitura. - Você espreme, espreme, mas não conseguirá tirar todo o subsídio necessário apenas do próprio sistema. Eu terei de ver o que terá de ser cortado no orçamento, sinalizou o prefeito. Tato demonstrou que, com a introdução do bilhete único em São Paulo, na gestão da prefeita Marta Suplicy, entre 2001 e 2005, o preço médio das passagens de ônibus, hoje, na capital paulista, é pouco superior a R$ 2,00.

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