domingo, 30 de junho de 2013

INFLAÇÃO EM 2013 PODE SER MENOS QUE NO ANO PASSADO, DIZ SECRETÁRIO DE POLÍTICA ECONÔMICA

Apesar de o Banco Central ter elevado para 6% a previsão de inflação para este ano, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, disse que a equipe econômica continua trabalhando com a possibilidade de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrar o ano abaixo dos 5,84% registrados em 2012. Segundo ele, a queda no preço dos alimentos e de bens duráveis e não duráveis permite que essa possibilidade seja considerada pela Fazenda. “Um IPCA menor que o de 2012 é uma possibilidade e o governo está trabalhando com isso. Diversos produtos que pressionaram a inflação nos últimos anos, como o tomate e o arroz, têm apresentado queda consistente. Os alimentos, que chegaram a responder por 50% do IPCA em vários momentos nos últimos dois anos, hoje só representam 25% do índice”, explicou. Holland mencionou ainda os itens da cesta básicos, que foram desonerados em março e, segundo ele, também contribuíram para a queda do preço dos alimentos. O secretário também destacou um recuo nos preços de bens duráveis e não duráveis. Segundo ele, isso pode ser traduzido pelo índice de difusão do IPCA, indicador que mostra o percentual de preços que subiram nos meses pesquisados. “Em janeiro, o índice de difusão chegou a 75% dos preços. Em maio, estava em 61,6%”, ressaltou. Em relação à alta do dólar, que pode pressionar a inflação por causa das mercadorias importadas ou com componentes importados, Holland disse que ainda é preciso esperar o momento de turbulência no sistema financeiro internacional passar para saber em que nível o câmbio se acomodará. “Tivemos uma revisão na paridade atual, mas não sabemos exatamente para onde o câmbio vai. Temos de acompanhar um pouco mais antes de fazer uma estimativa sobre o impacto do dólar na inflação”, declarou. Apesar do aumento da moeda norte-americana, o secretário alegou que os repasses do câmbio para a inflação no Brasil estão cada vez menores: “A taxa de transferência das variações do câmbio para a inflação são declinantes”.

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