quinta-feira, 6 de junho de 2013

“PMDB tentará derrubar vetos de Dilma à MP dos Portos”, diz líder

Os problemas entre o Palácio do Planalto e a bancada do PMDB no Congresso estão mesmo longe da pacificação. O líder do partido na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), voltou a colocar o governo contra a parede e afirmou nesta quinta-feira que sua bancada vai trabalhar para derrubar os vetos da presidente Dilma Rousseff à MP dos Portos. “O PMDB vai encaminhar para derrubar os vetos”, disse Cunha ao site de VEJA. Dilma impôs treze vetos ao texto, que havia sido negociado com os parlamentares. Na quarta-feira, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, negou que a presidente tenha quebrado um acordo com o Congresso. O peemedebista, entretanto, discorda: “Houve quebra de acordo, sim. Na hora em que esses vetos forem apreciados, a gente vai se pronunciar”, disse Cunha. “Só escuto dizer que ouve quebra de acordo com todo mundo”, completou. Para conseguir aprovar a MP, a articulação política de Dilma enfrentou uma maratona que deixou sequelas na base governista, e o líder do PMDB foi justamente a pedra no sapato do governo. A bancada peemedebista, por exemplo, assinou em peso o pedido para a criação de uma CPI da Petrobras. A insatisfação do PMDB com o governo vai além da MP dos Portos. O governo já foi avisado de que o Congresso pretende se reunir para analisar outros milhares de vetos presidenciais acumulados há décadas. Segundo Cunha, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), convocarão na semana que vem uma reunião com os líderes das bancadas para fazer uma proposta sobre como discutir os vetos. “Vai haver uma discussão sobre apreciação de vetos como um todo”, disse Cunha: “A Casa quer votar vetos, não aguenta mais essa situação”. O peemedebista lembrou a posição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, que defendeu votação de vetos em ordem cronológica e chegou a barrar a análise dos vetos sobre os royalties do pretróleo. Posteriormente, o plenário do Supremo liberou a votação dos vetos à Lei de Royalties – e Fux foi voto vencido.

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