quarta-feira, 12 de junho de 2013

POLÍCIA DESMONTA UM MONUMENTAL ESQUEMA DE FRAUDE NAS CARTEIRAS DE MOTORISTA NO GOVERNO DO PEREMPTÓRIO PETISTA TARSO GENRO

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul detonou nesta terça-feira a Operação Teseu, cumprindo 65 mandados de busca e apreensão em 24 cidades gaúchas, lugares onde foram constatados exames fraudados do Detran para a concessão de carteira de motorista, muito mais do que uma arma, uma verdadeira licença para matar. A Polícia Civil também convocou 28 pessoas para prestar depoimento. Os candidatos a uma carteira de motorista pagavam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil de propina para obter o documento. A corrupção e a prática da propina está completamente propagada no sistema comandado pelo Detran no Rio Grande do Sul. Algumas vezes a pedida de propina era feita pelo examinador do Detran, funcionário da autarquia. Em outras oportunidade, o candidato à carteira de motorista pagava para o CFC (Centro de Formação de Condutores - são 280 no Rio Grande do Sul). Esses centros, um verdadeiro cartel, formam um gigantesco negócio, com receita de um bilhão de reais por ano. Seus donos conseguiram o "direito" de explorar o negócio sem qualquer licitação, concurso, nada. No caso em que a propina era pedida pelo CFC, esta empresa ficava encarregada de subornar posteriormente o examinador do Detran gaúcho. A fraude é tão extensiva, atinge uma tal quantidade de examinadores da autarquia, e uma quantidade tão grande de CFCs, que o governo do peremptório petista Tarso Genro está obrigado a realizar um "recall" dos exames e de todos os que conseguiram carteiras de motorista durante a sua gestão. O Detran, neste governo do peremptório petista Tarso Genro, é um desastre absoluto. Nestes dois primeiros anos de governo, foi comandado pela deputada petista Stela Farias. Ela foi secretária estadual de Administração, apesar de estar condenada em primeiro grau na Justiça Estadual por improbidade administrativa, quando era prefeita de Alvorada (aplicou recursos do fundo de previdência dos funcionários municipais no Banco Santos, quando o País inteiro sabia que essa instituição bancária estava falindo). A petista Stela Farias não conseguiu sequer concluir um concurso do Detran, que foi anulado pelo Justiça estadual. Ela também nomeou um corregedor do Detran que foi flagrado pela Brigada Militar dirigindo carro bêbado. Ou seja, petista quando resolve exagerar, exagera mesmo. Como diria Mendes Ribeiro, "Deus não joga, mas fiscaliza". A petista Stela Farias foi a grande inquisidora na CPI do Detran, assessorada pelo hoje coronel petista Fabio Fernandes, que comanda a Brigada Militar. Ela parecia dominar tudo, saber tudo. E agora se vê o que foi a sua obra no Detran. Foi uma obrada e tanto. Grande parte do total desregramento em que está o Detran deve ser creditado à juiza federal Simone Barbisan Fortes. Quando detonou a Operação Rodin, cujas investigações ela acompanhou desde o início, tendo autorizado todas as quebras de sigilos, a juíza Simone Barbisan Fortes, que comandou a 3ª Vara Federal Criminal de Santa Maria até março deste ano, determinou que fosse interrompido o contrato da Fatec com a empresa Pensant, do professor José Fernandes. Esta empresa era encarregada de aplicar todos os esquemas de segurança na execução dos exames de e emissão de carteiras de motoristas. Durante todo o período em que a Pensant fiscalizou o processo de exames para motoristas, não houve o registro de nenhuma fraude no Rio Grande do Sul. A partir da sua exclusão do sistema, por ordem da juíza Simone Barbisan Fortes, o sistema de exames de motoristas e emissão de carteiras pelo Detran se tornou um autêntico queijo suíço, com burados por todos os lados. Isto agora ficou amplamente comprado, mas já existiu há muito tempo, desde que a Operação Rodin eclodiu. É evidente que iria ocorrer, quando existe no sistema um conjunto de empresas com um poder tão grande, como o dos CFCs, que arrecadam um bilhão de reais por ano. É muito poder de contribuição política. Entre os funcionários do Detran investigados pela Polícia Civil estão o chefe de Divisão de Exames Teórico e Prático (Divex, Carlos Augusto Grendene Langone, e Vanessa Gentil Zerbinatti Vitoria, chefe da Coordenadoria de Apoio Operacional da Divex. Os dois são suspeitos de atuar na manutenção da chamada "rota" de examinadores, ou seja, manter sempre as mesmas pessoas fazendo testes junto aos mesmos Centros de Formação de Condutores (CFCs). A polícia já apurou que Langone dava orientação para que fossem reduzidas as reprovações. Durante a apuração policial também foram detectadas fraudes na vistoria de carros, na legalização de veículos sinistrados e na anulação de multas de trânsito. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Detran, em residências e em sedes de CFCs e de Centros de Registro de Veículos Automotores (CRVAs) em Porto Alegre, Pelotas, Caxias do Sul, Caçapava do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Osório, Estrela, Torres, Canoas, Três Coroas, Portão, Parobé, Sapucaia do Sul, São Lourenço, Gravataí, Mostardas, Garibaldi, São Leopoldo, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Viamão, Camaquã, Alvorada, Sapiranga. O presidente do poderoso e bilionário sindicato dos CFCs, com relampejante crescimento de patrimônio, deverá dar explicações à Polícia Civil sobre as práticas do setor que dirige.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Esses centros, um verdadeiro cartel, formam um gigantesco negócio, com receita de um bilhão de reais por ano. Seus donos conseguiram o "direito" de explorar o negócio sem qualquer licitação, concurso, nada."
Lembrando quem mudou a regra para que tivessem empresas particulares explorando este tipo de negócio foi o Governo FHC em 1997. Veja:
Código de Trânsito Brasileiro - Lei 9503/97 | Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997