domingo, 9 de junho de 2013

POLUIÇÃO DO AR EM SÃO PAULO SERIA 30% MAIOR SE METRÔ NÃO EXISTISSE

O ar na capital paulista seria, em média, 30% mais poluído caso o metrô, que transporta diariamente 4 milhões de passageiros, não existisse. O resultado foi obtido por meio de uma simulação feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que mostra aumento nas concentrações dos poluentes no ar, principalmente de material particulado. Responsável pela pesquisa, a professora Simone Georges Miraglia, do Departamento de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que esse percentual foi obtido em determinadas condições meteorológicas, que podem variar conforme o dia. A pesquisa, intitulada "Os Efeitos Positivos em Saúde devido ao Transporte Urbano sobre Trilhos – Estudo de Caso para São Paulo", foi apresentada durante workshop promovido na sexta-feira na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com Simone, a análise, feita durante a década de 2000, comparou a qualidade do ar entre os dias em que o metrô funcionou normalmente e aqueles em que o transporte foi afetado por greves, ocorridas em 2003 e 2006. “O serviço do metrô leva a uma não emissão de poluentes significativa”, destacou a pesquisadora. Os levantamentos usaram as medições de qualidade do ar fornecidos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), além de dados do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (PRO-AIM). Simone explica que, nos dias em que a cidade fica sem o metrô, há aumento considerável nos atendimentos em prontos-socorros e nas internações hospitalares.

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