domingo, 2 de junho de 2013

SUPLICY REVELA CONVERSA CONSTRANGEDORA QUE TEVE COM LULA EM SÃO PAULO

Como não há mais candidatura nata, senadores como Eduardo Suplicy, PT de São Paulo, e Pedro Simon, PMDB do Rio Grande do Sul, são obrigados a descer até a planície para garantir suas vagas. Suplicy está em muito pior situação, porque quem manda no partido é seu desafeto, Lula. No caso do Rio Grande do Sul, Simon ainda tem uma liderança forte no seu partido. Suplicy voltou a liberar inconfidências constrangedoras sobre suas conversas com Lula. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) quer garanti sua candidatura ao Senado, em 2014, contrariando o PT, que considera fraca sua possibilidade de reeleição e cogita negociar a vaga numa composição para o objetivo maior, que é o Palácio dos Bandeirantes. Depois de tornar pública uma carta que escreveu ao ex-presidente Lula, implorando para ser candidato, ele agora revela o teor da rápida conversa que teve com ele. O encontro, no Instituto Lula, não foi sequer agendado e Suplicy foi de surpresa ao encontro de Lula, atendendo a sugestão do filho Supla. A Folha publicou trechos de entrevista concedida pelo senador, em que ele abre o teor da conversa. Confira:
Sobre a iniciativa de ir a Lula
Durante o final de semana, eu pensei bastante, conversei com meus filhos, com a Mônica Dalari (namorada do senador), fui comer uma pizza com o Supla e a namorada dele. Pensei em escrever uma carta aberta. O Supla me disse: "Pai, porque você não vai lá? Fala com ele. Você é amigo do Lula".
Sobre o pedido para ser candidato
É próprio reivindicar que possa ser ouvido, como meus filhos sugeriram. Não acho absurdo. Teria sido gentil da parte deles terem me convidado àquela reunião, pois discutiram a candidatura ao cargo onde estou. Teria sido gentil.
O que Lula lhe disse
Fiz uma visita de surpresa. Disse que soube da reunião onde consideraram a hipótese de eventualmente ceder a vaga a outro partido. Lembrei das fortes raízes que tenho com o PT e com ele próprio. O Lula me disse: "Eduardo, não há possibilidade senão de você ser candidato ao Senado".
A conversa de surpresa
Fui de surpresa porque fazia tempo que estava pedindo e não era marcado. Liguei, já estava no caminho, disse à secretária que estava indo lá. Disse que precisava só de dois minutos e ele me recebeu por 15. Ele sabia que há dois, três meses eu vinha pedindo a oportunidade de um diálogo.
Hipótese de Lula concorrer ao Senado
Ele falou: "Eduardo, eu não vou ser candidato. Quero ajudar o partido, a Dilma".
Garantia frágil
Na segunda-feira, o Rui Falcão me ligou e disse que, por enquanto, o candidato sou eu. Chegou a mencionar como exemplo que o presidente do PSD, um dos partidos coligados, queira propor que a vaga ao Senado seja do PSD.
Prévia no PT
Pelo menos 15 ou 20 pessoas poderiam ser candidatas dentro do PT, ser eleitas e se tornar brilhantes senadores. Defendo uma prévia aberta, não apenas aos filiados, mas até aos eleitores em geral.

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