domingo, 21 de julho de 2013

ARRECADAÇÃO RUIM PODE FAZER GOVERNO REDUZIR META FISCAL

Poucos dias antes do prazo final para o governo Dilma anunciar um corte de gastos, o que se fala agora no mercado é sobre uma possibilidade de reduzir a meta fiscal de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,8%. O governo vem encontrando dificuldades para chegar a um consenso sobre o corte, em dúvida se não poderá piorar ainda mais a economia se reduzir os gatos. A revisão pode acontecer devido à péssima arrecadação tributária dos últimos meses. Em junho, a receita do governo federal foi ajudada pela antecipação de dividendos de estatais, especialmente dos bancos públicos. Bancos públicos e estatais anteciparam 3,8 bilhões de reais à União apenas em junho. Os repasses à Caixa Econômica Federal (1,2 bilhão de reais), ao Banco do Brasil (409,8 milhões de reais), ao BNDES (1,98 bilhão de reais) e à Eletrobras (195,5 milhões de reais), entre outras instituições, foram feitos entre os dias 27 e 28 de junho, os dois últimos dias úteis de junho para garantir o superávit do mês. O governo vem usando de artifícios como esse para "engordar" o superávit primário. O Senado começou a se movimentar contra a maquiagem das contas públicas. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) afirmou que o Legislativo não vai ficar alheio aos empréstimos feitos pelo Tesouro para o BNDES e para a Caixa Econômica Federal.

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